quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

AS RAZÕES DE UMA CANDIDATURA

Companheiras e companheiros,

Aceitei o desafio de me candidatar ao cargo de Secretário-Geral dos Trabalhadores Social Democratas.

Pela primeira vez, desde a criação da estrutura, o nosso companheiro Arménio Santos não se recanditará ao cargo de Secretário-Geral. Perante este facto, importa criar as condições necessárias para que o XII Congresso Nacional possa, mesmo sem a sua liderança, manter um elevado consenso e a coesão internas em torno de uma candidatura abrangente e de um projecto coerente.

Julgo possuir a capacidade de estabelecer as pontes necessárias ao diálogo e ao consenso internos. A coesão interna é uma característica virtuosa dos TSD que urge manter. Essa é a primeira razão porque me candidato.

De igual modo, a minha candidatura representa uma mudança geracional na estrutura. A minha idade presente, 48 anos, é um bom compromisso entre a dinâmica da juventude e uma razoável experiência do ponto de vista politico-sindical. Tenho ideias claras sobre o modo os TSD devem, ao longo do próximo mandato, actuar aos mais diversos níveis.  Assim, será importante redinamizar a estrutura:

  • Em primeiro lugar, na sua relação com o PSD, procurando reforçar a nossa autonomia para potenciar a força da nossa mensagem social. Orgulhamo-nos de ser os fiéis depositários do ideário social-democrata do PSD e do espírito fundador de Francisco Sá Carneiro. Não obstante, saberemos ser solidários com o Partido e contribuiremos, com o nosso empenho, para cimentar o seu projecto alternativo para a sociedade portuguesa e a efectiva necessidade de um novo ciclo político em Portugal.
  • Em segundo lugar na relação dos TSD para com os dois pilares movimento sindical onde se insere. Reforçando, por um lado, o projecto UGT mas mantendo a nossa autonomia como tendência constituída no seio daquela central sindical, procurando articular as nossas posições e, acima de tudo, fazendo-nos respeitar porque essa será a única maneira de credibilizar a UGT aos olhos da opinião pública em geral e dos trabalhadores em particular. Por outro lado, é necessário aumentar o apoio e a participação no movimento sindical independente onde os TSD têm uma implantação forte mas que interessa consolidar e reforçar.
  • Em terceiro lugar nas Comissões de Trabalhadores procurando concorrer a um número elevado de actos eleitorais por forma a reforçar a nossa participação no seio das mesmas. Considero fundamental que, a par da nossa participação no movimento sindical, os TSD tenham uma forte implantação nas diferentes CT's.
  • Em quarto lugar, na sua intervenção directa na sociedade procurando dirigir a sua acção política para as necessidades dos socialmente mais desfavorecidos – os que não têm emprego, as comunidades imigrantes, os que são atingidos pela precariedade e por formas contratuais que não configuram um trabalho digno. Para estas mulheres e homens sindicalmente desenquadrados e cada vez em maior número, irá a nossa maior preocupação e, acima de tudo, a nossa principal acção política.
  • Por último, promover um esforço efectivo de renovação dos TSD. Procuraremos atrair, acima de tudo, os jovens e promover a igualdade de género. Em paralelo a utilização crescente das novas tecnologias é fundamental para a mensagem passar de modo mais célere, eficaz e económico. Este passo é fundamental para que a estrutura cresça modernize a sua mensagem.

A minha disponibilidade para esta tarefa de enorme responsabilidade é total. Se merecer a confiança dos delegados, como espero, irei abandonar o executivo da UGT e o cargo que ocupo de Secretário-Geral adjunto naquela confederação por forma a, não só, estar a tempo inteiro à frente dos TSD, como de igual modo, manter completa independência face aos diferentes palcos políticos e político-sindicais onde os TSD actuam.

Todavia, todo este projecto só será possível se contar, numa primeira fase, com o apoio dos delegados ao Congresso e, numa fase subsequente, com o apoio de todos os inúmeros e incontornáveis militantes dos TSD, nos seus locais de trabalho, nos seus sindicatos e Comissões de Trabalhadores, nas sua participação, aos diferentes níveis, no PSD e na sociedade portuguesa.

Esta é também, e sobretudo, uma tarefa de cidadania por Portugal, por um país mais justo e próspero para todos e onde a consolidação orçamental possa seguir a par com o crescimento económico e o emprego de qualidade.

Deste modo estou convicto que, tal como o lema do XII Congresso afirma,

PORTUGAL PODE VENCER!


Breve nota curricular

  • 48 anos de idade.
  • Docente do ensino secundário e dirigente sindical docente.
  • Secretário Nacional dos TSD com o pelouro administrativo e financeiro.
  • Secretário-Geral Adjunto da UGT.
  • Presidente do Secretariado Distrital de Setúbal dos TSD nos mandatos 2001-2004 e 2004-2007.
  • Presidente da secção concelhia de Almada do PSD (2004-2006 e 2006-2008).
  • Presidente da Mesa da Assembleia da Secção concelhia de Almada do PSD (2008-2010 e 2010).
  • Deputado à Assembleia da República e coordenador dos deputados do GP PSD na Comissão Parlamentar de Trabalho e Assuntos Sociais (IX Legislatura – 2002-2005).
  • Candidato do PSD à Câmara Municipal de Almada (2005).
  • Vereador da Câmara Municipal de Almada (2005-2009).
  • Dirigente da FPCUB - Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores de Bicicleta.